terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Pré - Texto e não Pretexto...

FELIZ ANO NOVO...

No último domingo em um programa de Televisão, Milton Nascimento cantava a música "Canção da América" e na parte final o público continuava a capela "pois seja o que vier, venha o que vier, qualquer dia amigo eu volto a te encontrar, qualquer dia amigo a gente vai se encontrar" emocionando o cantor. Observando aquele momento lindo refleti sobre tudo, a melodia, a letra da música, as lágrimas de Milton que sim muito emocionante de sentir juntamente com ele a alegria de ser recompensado por ter composto este lindo trabalho.
"Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si." Isaías 53:11

Mas minha reflexão foi além, foi até a Deus pois vem e sempre virá de Deus a inspiração do homem para todos os aspectos da vida, porém dentre muitos detalhes que refletia a que mais prendeu minha atenção, é sobre a Voz. Se em uma canção como cristãs e até mesmo muitas seculares nos edificam e nos fazem também cantar com gosto, querer, e muito carinho, paremos um instante para pensar na Voz que ecoa desde o Firmamento até o dia de hoje, que é a Voz de Deus.
A Voz que nunca se cala,
A Voz que sempre nos orienta,
A Voz que nos repreende, que ouvimos em Jesus e o Espírito Santo,
A Voz que nos faz prosseguir, 
A Voz que Profetiza a Palavra Genuína, 
A Voz que nos concede clamor para clamar,
A Voz na aflição, na angústia e na dor que responde como amparo e socorro,
A Voz na alegria, nas conquistas, no Amor e na vida.
A Voz que ouvimos de perto ou de longe.
Também a Voz que nos gerou uma voz pois ao expressarmos o que pensamos (como queixas, insatisfações, desejos, achismos, razões, alegrias passageiras e afirmações sem fundamentos.) "Sem dúvida, há diversos idiomas no mundo, todavia, nenhum deles é sem sentido; Portanto, se eu não entender o significado do que alguém está falando, serei estrangeiro para quem fala, e ele estrangeiro para mim." 1Coríntios 14:10-11 ou no discernimento de Espírito.
Tudo isto, O Todo Poderoso, O Altíssimo Deus em sua Voz nos proporcionou e assim no Caminho, A Verdade, e a Vida tivemos oportunidade que ainda hoje terminando um ano teremos amanhã nas misericórdias que se renovarão no próximo que se inicia, portanto a todos desejo O Pai, O Filho e O Espírito Santo e sua constante e incansável Presença de Deus que jamais nos deixou de acompanhar, Em Nome de Jesus, amém!
"Nós mesmos ouvimos essa Voz vinda do Céu, quando estávamos com Ele no Monte Santo. Assim, temos ainda mais firme a palavra dos Profetas, e vocês farão sem se a ela prestarem atenção, como uma candeia que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a Estrela da Alva nasça em seus corações." 
2Pedro 1:18-19

Dois princípios para experimentar mais de Deus (Parte 2)

Na postagem anterior, vimos que há mais de Deus, que podemos experimentar mais de Deus. Aprendemos o primeiro princípio que diz que “Deus é conhecido por meio das três pessoas, de modo que nós nos relacionamos com o Pai, o Filho e o Espírito.” Hoje veremos o segundo princípio.

2. Podemos conhecer mais de Deus: o princípio da união e comunhão

A vida de Moisés está longe de ser exemplar, mas, por causa de um único momento, ele é meu herói.
Deus havia resgatado seu povo da escravidão no Egito. Agora, no deserto, eles fazem um bezerro de ouro e o adoram em lugar de Deus (Êx 32.1-6). Ainda assim, Deus reitera a sua promessa de lhes dar a terra de Canaã. Porém acrescenta: “eu não subirei no meio de ti, porque és povo de dura cerviz, para que te não consuma eu no caminho” (Êx 33.3).
Pense por um momento sobre tal oferta. O povo poderia ter as bênçãos de Deus sem as exigências da sua santa presença. Imagine se oferecessem a você um ingresso para o céu, sem a necessidade de ser santo. Você aceitaria a oferta?
Isto é o que Moisés diz em resposta:
Se a tua presença não vai comigo, não nos faças subir deste lugar. Pois como se há de saber que achamos graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Não é, porventura, em andares conosco, de maneira que somos separados, eu e o teu povo, de todos os povos da terra? (Êx 33.15,16)
É uma resposta extraordinária. Em certo sentido, Moisés está recebendo como oferta a realização do seu objetivo de vida — e ele pode alcançá-lo sem a obrigação de ser o povo peculiar de Deus. Mas conhecer a Deus e ser o seu povo é o que realmente importa para Moisés. Deus oferece a Moisés tudo, exceto Deus, mas Moisés não quer tudo. Ele quer Deus. E, assim, ele recusa a oferta. As bênçãos da terra prometida são secundárias em relação à verdadeira bênção, que é o próprio Deus. Nós não somos apenas salvos do pecado; nós somos salvos para Deus.

A vida cristã envolve uma experiência viva e palpável de Deus. Há uma verdadeira relação: um relacionamento de mão dupla que envolve dar, receber, ser amado e amar. O cristianismo não consiste apenas de verdades sobre Deus nas quais devemos crer, nem apenas de um estilo de vida que devemos adotar. É um verdadeiro relacionamento de mão dupla — um relacionamento que experimentamos aqui e agora. No passado, os cristãos designavam esse relacionamento de “comunhão com Deus”. Hoje, normalmente usamos a palavra “comunhão” apenas para nos referir à Ceia do Senhor. Mas eles a usavam mais amplamente para falar sobre nossa experiência de Deus (incluindo a experiência na Ceia do Senhor).
Aqui entra o nosso segundo princípio: nossa união com Deus em Cristo (que é obra inteiramente de Deus) é a base para a nossa comunhão com Deus na experiência (que é um relacionamento de mão dupla). De forma mais simples, a nossa união com Deus é a base para a nossa comunhão com Deus.
Esse princípio nos protege de dois perigos opostos. O primeiro é pensar que o nosso relacionamento com Deus é algo que nós conquistamos. Se nos devotarmos à oração, ou aprendermos certas técnicas de meditação, ou servirmos arduamente, então, supomos, podemos verdadeiramente conhecer a Deus. Mas a união com Deus é uma via de mão única. Ela se baseia inteiramente na graça de Deus. Ela começa com a amorosa escolha do Pai, é conquistada pela obra do Filho e aplicada a cada um de nós pelo Espírito. Não é, de modo algum, algo que conquistamos. Nós nem sequer contribuímos de qualquer maneira. É uma dádiva que Deus nos concede em seu amor. Toda a ação é unidirecional.
Pode ser que você nunca tenha tido uma sensação de relacionar-se com Deus. Talvez isso se deva ao fato de que você nunca tenha se entregado aos cuidados de Cristo. Jesus diz: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). Não há nenhuma maneira de relacionar-se com Deus senão por meio de Jesus.
O segundo perigo é contentar-se com pouco — pouco de Deus.
Minha mãe é cristã há quase sessenta anos. Recentemente, ela me disse: “Jesus hoje é mais precioso do que nunca para mim”. Um mês antes, ela me falou: “Este ano, eu e seu pai temos tido a bênção de ler a Bíblia mais do que em qualquer outro momento de nossa vida”. Sessenta anos depois de sua conversão, minha mãe tem se deleitado em Deus mais do que nunca.
Você também pode conhecer mais de Deus. Deus nos salvou para que possamos desfrutar de um relacionamento com ele — e esse relacionamento com Deus é uma via de mão dupla. Deus se relaciona conosco e, em contrapartida, nós nos relacionamos com Deus. Então, nós contribuímos para o relacionamento. Aquilo que fazemos afeta a nossa experiência de Deus.
Imagine dois irmãos. Jack faz o café da manhã para o seu pai todos os dias e eles conversam por meia hora, enquanto comem juntos. Mais tarde naquele dia, Jack e seu pai passam tempo juntos — empinando pipa, jogando futebol, lendo um livro. Ao contrário, Phil, o irmão mais velho de Jack, não se envolve com seu pai. Phil passa o dia inteiro em seu quarto, ouvindo música no volume máximo. Nas raras ocasiões em que Phil se comunica com o pai, geralmente tudo o que se ouve são resmungos desinteressados.
Quantos são os filhos desse pai? A resposta, claro, é que são dois. E o que eles fizeram para se tornarem filhos? Nada. Eles simplesmente nasceram como filhos. Mas apenas Jack deleita-se em ser filho. Apenas Jack experimenta um bom relacionamento com seu pai.
Orar e ler a Bíblia não tornará você mais cristão. E não fazer tais coisas não tornará você menos cristão. Mais ou menos como Jack e Phil, nós nos tornamos filhos de nosso Pai celeste simplesmente porque nascemos — a diferença é que, como cristãos, nós nascemos de novo. Somos salvos pela graça somente, por meio da fé em Cristo. Nosso status como filhos de Deus é uma dádiva. Mas o quanto nós desfrutamos dessa comunhão depende do que nós fazemos. Paulo capturou com clareza essa dinâmica ao dizer: “prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus” (Fp 3.12).

O que fazemos importa?

Compreender essa distinção entre união e comunhão nos protege, por um lado, de pensar que nossas ações fazem toda a diferença, e, por outro, de pensar que as nossas ações não fazem diferença nenhuma.
  • Nossas ações não nos tornam cristãos, nem nos tornam mais cristãos, nem nos mantêm cristãos — pois a nossa união com Deus é obra inteiramente dele.
  • Nossas ações fazem uma real diferença no nosso desfrute de Deus — pois a nossa comunhão com Deus (nosso desfrute da nossa união com Deus) envolve um relacionamento de mão dupla.
É por isso que, mesmo sendo um cristão, o seu relacionamento com Deus pode parecer fraco quando você negligencia esse relacionamento. Contudo, ao mesmo tempo, é por isso que você sempre pode afirmar que a sua união com Deus está fundamentada na rocha firme que é a obra consumada de Cristo. A despeito do quanto você maltrate ou negligencie sua comunhão com Deus, você sempre pode começar de novo, pois você está para sempre unido a Deus em Cristo.
Nosso foco será a nossa comunhão com Deus — como nós podemos desfrutar um relacionamento vivo com Deus. Mas nunca podemos nos esquecer de que o fundamento da nossa comunhão com Deus é a nossa união com Deus em Cristo. A maravilha da graça de Deus é que o nosso relacionamento com ele não é algo que temos de conquistar. É uma dádiva do começo ao fim.
Em cada capítulo do livro, eu ofereço algumas ações práticas para ajudá-lo a crescer em intimidade com Deus. Espero que esta tarefa inicial possa encorajá-lo a começar de novo se sua comunhão com Deus está fria.
Durante uma semana, a cada dia, passe algum tempo em oração ao Pai, depois ao Filho, depois ao Espírito. Em cada uma delas, ofereça louvores ou faça petições que estejam peculiarmente relacionadas ao papel específico daquela pessoa na sua vida.
Artigo adaptado do livro Experimentando mais de Deus, de Tim Chester.

sábado, 21 de dezembro de 2019

Dois princípios para experimentar mais de Deus (Parte 1)

Segunda de manhã. O dia começou muito bem. Ainda levitando pela experiência do dia anterior na igreja, Marcos senta à mesa para comer um sanduíche de bacon. As crianças brincam tranquilamente na sala de estar. Lá fora, o sol brilha e os pássaros cantam. Será que a vida poderia ser melhor que isso?
Marcos chega à estação e descobre que o seu trem foi cancelado. Agora, uma quantidade dobrada de passageiros abarrota o trem seguinte e Marcos tem de ir em pé. Ele perde as esperanças de conseguir ler seu livro. O cara ao seu lado claramente nunca ouviu falar em desodorante. Os próximos quarenta minutos não serão nada agradáveis. Como um dia pode ser arruinado tão rapidamente?
Ontem, Deus parecia tão presente para Marcos. Mas hoje… Hoje é diferente. Hoje só há trens superlotados, passageiros suados… Hoje, Deus é… Quem ele é? Ele não é ausente — Marcos não duvida de que Deus está em todo lugar. Mas Deus também não parece estar de fato presente. Não de uma maneira que Marcos possa tocar ou ver.
Eu creio em mais. Mais de Deus. Mais no porvir, é claro, mas também mais no presente. Podemos conhecer mais a Deus. Você pode conhecer mais a Deus.
E eu escrevi o livro “Experimentando mais de Deus” justamente para ajuda-lo sobre como você pode experimentar mais de Deus. O livro é governado por dois princípios-chave — princípios que o ajudarão a deleitar-se mais em Deus. Não são princípios complicados. Não são habilidades nas quais você precise ser perito nem façanhas que exijam grande força de vontade. Contudo, suspeito que muitos cristãos não tenham uma percepção profunda de relacionamento com Deus, nem desfrutem mais desse relacionamento, porque não compreendem plenamente esses dois princípios. São eles:
  1. Deus é conhecido por meio das três pessoas, de modo que nós nos relacionamos com o Pai, o Filho e o Espírito.
  2. A nossa união com Deus em Cristo é a base para a nossa comunhão com Deus na experiência.

1. Podemos conhecer a Deus: o princípio do três-e-um

Ao orarmos, é muito fácil pensar que estamos orando a uma coisa ou a uma força. Pode parecer um tanto abstrato. Tentamos imaginar Deus, mas Deus é invisível. Como podemos ver o Deus invisível? Como pessoas finitas podem conhecer o infinito? A resposta é: não podemos! Não temos um relacionamento com “Deus” num sentido genérico. Não podemos conhecer a essência de Deus — a “divindade” de Deus. A sua natureza está além da nossa compreensão.
Mas podemos conhecer as pessoas de Deus. Deus vive em comunhão eterna, em que o Pai, o Filho e o Espírito relacionam-se mutuamente em amor. E, quando Deus se relaciona conosco, ele se relaciona conosco da mesma maneira — como Pai, Filho e Espírito. Então, quando falamos sobre ter um relacionamento com Deus, na verdade é uma forma abreviada de falar sobre ter um relacionamento com Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
A implicação prática é simples: o seu relacionamento com Deus será mais rico e profundo se você pensar em como você se relaciona com o Pai, o Filho e o Espírito. Pense em como cada membro da Trindade se relaciona com você e em como você responde a ele.
Ao orar, por exemplo, pense em como você dirige suas palavras ao Pai, por meio do Filho, com o auxílio do Espírito. Ou, ao ler a Bíblia, pense em como o Pai revela a si mesmo no seu Filho, pelo Espírito Santo, ou pense em como o Filho comunica o seu amor a você por meio do Espírito Santo.
Pare e pense nisso agora, por um momento. Como o Pai se relaciona com você e como você se relaciona com ele? E o que dizer do Filho? E do Espírito?
Neste livro, mostraremos como cada membro da Trindade age para conosco e como nós devemos responder a isso. Descobriremos que o Deus trino — o Deus que é Pai, Filho e Espírito — está interagindo conosco de milhares de formas, cada dia.
Então, o primeiro passo ao relacionar-se com Deus é relacionar-se com cada uma das distintas pessoas da Trindade — Pai, Filho e Espírito. Mas nunca devemos pensar nas três pessoas sem, ao mesmo tempo, reconhecermos que Deus é um. A unidade de Deus é importante porque significa que conhecer uma das pessoas é conhecer todas as três. Você nunca se relaciona com elas individualmente. Isso significa que veremos nosso pensamento, constantemente, mover-se de uma pessoa para a outra. Isso também significa que este livro será prazerosamente “desordenado”. Não conseguiremos falar sobre relacionar-se com o Pai sem falar sobre como somos amados no Filho, ou sobre como o Espírito nos habilita a clamar: “Aba, Pai”. Não conseguiremos falar sobre a presença de Jesus sem falar sobre a obra do Espírito.

No filme O mágico de Oz, Dorothy e seus companheiros saem em busca do mágico de Oz, pensando ser ele uma figura divina que lhes pode conceder um cérebro, um coração e coragem. Mas tudo se revela uma farsa. Por trás da aparência intimidante, há apenas um homem velho e patético. A magnífica imagem é apenas uma fachada.
Às vezes, as pessoas podem pensar que Deus se parece um pouco com o mágico de Oz. Jesus é a face atraente de Deus, mas é apenas uma fachada por trás da qual esconde um velho rabugento. Nada poderia estar mais longe da verdade. A unidade da Trindade significa que, ao vermos Deus em Cristo, não estamos vendo uma máscara ou uma fachada. Não há surpresas por trás do que vemos em Cristo. Jesus é o perfeito Verbo de Deus e a imagem de Deus, porque Jesus é Deus. Ver o Filho é ver o Pai. Ele “é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser” (Hb 1.3). O Pai e o Filho são um único ser. Não há outro Deus escondido por trás do cenário. Jesus de fato é o que Deus Pai é. Relacionar-se com o Filho é relacionar-se com o Pai e o Espírito.
Gregório de Nazianzo, teólogo do século IV, expôs essa verdade assim: “Não posso cogitar o uno sem que seja imediatamente circundado pelo fulgor de três, nem posso discernir três sem que subitamente me refira ao uno”.[1]
A verdadeira espiritualidade cristã envolve um constante movimento do uno para os três e dos três para o uno. Precisamos treinar nosso coração para pensar nas três pessoas e em como nos relacionamos com elas distintamente. Mas, ao mesmo tempo, precisamos treinar-nos a pensar nos três como um, de modo que se relacionar com uma das pessoas é encontrar as outras duas.
Na próxima postagem veremos o segundo princípio: “A nossa união com Deus em Cristo é a base para a nossa comunhão com Deus na experiência.”
[1] Gregório de Nazianzo, “On Holy Baptism”, Oração 40.41, citado em João Calvino, A instituição da religião cristã (São Paulo: Unesp, 2008), tomo 1, 1.13.17, 133.
Artigo adaptado do livro Experimentando mais de Deus, de Tim Chester.

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