segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Tempo de quê???

Quando se abre a Bíblia encontra-se um Deus comprometido com a história humana. Um Deus que ouve o clamor de um povo em sofrimento, um Deus que enxerga ovelhas sem pastor e se comove. Enfim, um Deus que ama. Há diversas intervenções divinas, misericordiosas, a fim de que haja alívio, libertação e salvação. Até que com o nascimento de Jesus, a encarnação do próprio Deus, a mensagem fica mais evidente – o verbo se faz carne (Jo 1.14), e tudo o que se via era graça e verdade.
Em tempos de crise ética, política, econômica, o que esperar? Como agir? Que leitura fazer? Há lição de casa para todo aquele que se diz cristão, afinal, o que não falta é manipulação. Entretanto, ao ver esse Deus da Bíblia, somos inspirados a orar, cheios de esperança.
Nenhuma dor é ignorada, nenhum sofrimento é desconhecido de Deus. As soluções não são mágicas, uma longa trajetória parece ainda nos aguardar, e, fazemos parte daquilo que construímos. Mas, qual o lugar da oração nesses dias.
Mais do que orar por vingança dentro de nossa leitura limitada, de suposta justiça aos nossos olhos turvos, é colocar-se diante de Deus com um coração disposto a ouvir e reconhecer Deus mesmo em tempos difíceis.
Preocupados com o futuro, entregues à ansiedade, engasgamos com o presente, não digerimos o cotidiano, e o mal estar se instala. Abre-se as portas para o desespero, a língua para uma crítica que pouco propõe, sem sabedoria e sem respeito.

Davi, em tempos difíceis, ora e diz: “Contaste os meus passos quando sofri perseguições; recolheste as minhas lágrimas no teu odre; não estão elas inscritas no teu livro? Em Deus, cuja palavra eu louvo, no Senhor, cuja palavra eu louvo, neste Deus ponho minha confiança e nada temerei. Que me pode fazer o homem?” (Sl 56.8,10-11). A oração tem o potencial de nos reorientar, nos trazer paz, nos tratar, nos ajudar a reconhecer e bendizer a Deus.
Salomão, filho de Davi, também ora e numa noite ouve o Senhor, que lhe diz: “se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos…” (II Cr 7.14). O que nos indica a necessidade de orarmos, e que enquanto o fazemos, podemos reconhecer quem somos, a quem verdadeiramente buscamos e entrarmos, ou prosseguirmos, num profundo processo de conversão.
O teólogo Karl Barth dizia que “entrelaçar as mãos em oração é o começo de uma revolução contra a desordem do mundo”. O pastor e professor Eugene Peterson faz a seguinte colocação: “uma vida de oração nos obriga a lidar com a realidade do mundo e de nossas próprias vidas a uma profundidade e a um nível de honestidade raramente experimentados pelos que não oram, além de muita daquela realidade que, certamente, evitaríamos se nos fosse possível”. E o escritor Philip Yancey, comenta que “na oração ficamos perante Deus para interceder por nossa situação, bem como pela situação dos que nos rodeiam. Nesse processo, o ato da oração me dá coragem para participar do trabalho de transformar o mundo num lugar em que a vontade do Pai é de fato feita como é no céu. Afinal, somos o corpo de Cristo na Terra; ele não tem outras mãos a não ser as nossas. E, contudo, para agirmos como Corpo de Cristo, precisamos de uma ligação ininterrupta com a Cabeça [Jesus]”. Ou seja, a oração nos leva a olhar mais uma vez, atentamente, a Jesus. A oração nos conduz a uma observação mais profunda da atitude de Jesus diante da corrupção, da miséria humana, diante dos negligenciados e privilegiados.
Fonte: http://www.lagoinha.com/ibl-vida-crista/tempo-de-que/

Profetizando contra o cansaço

Os motivos são diversos: ansiedade, estresse, decepções, e muitos outros. Mas o fato é que o cansaço surge em nossas vidas e pode causar danos muito graves, e precisamos aprender a lidar com ele, para que nossas vidas sejam guardadas.
O cansaço pode ser físico devido a muitas atividades que podemos estar desenvolvendo. Contudo, ele pode ter uma razão espiritual, ou, ainda que físico, afetar a nossa vida espiritual. Se estamos muito cansados, rapidamente não temos fôlego para orar, e assim começamos um declínio que não precisávamos passar em nossas vidas.
Independentemente das razões, todos passamos por momentos assim e precisamos buscar em Deus um cuidado específico com as nossas vidas a esse respeito.
Há uma dualidade referente ao cansaço que precisamos entender. Por um lado, o cansaço é favorável, em alguns aspectos. Sim, pois nos faz reagir àquilo que devemos deixar, liberando e removendo isso das nossas vidas.
Por outro lado, existem coisas que temos que continuar a produzir e jamais deixar. O cansaço nunca deve nos roubar aquilo que é o propósito de Deus para as nossas vidas. Mas o problema é que retemos o que não deveríamos e liberamos o que o jamais poderíamos.
O cansaço nos leva a proferir palavras de maldição a respeito de nós mesmos, dos outros, do nosso ministério. Usamos as nossas bocas para profetizar aquilo que não deveríamos.
Nós precisamos abrir a nossa boca a favor do mundo e não contra ele. Os lábios servem para declarar bençãos e vida, e não maldição e morte.
Existem momentos em que chegamos ao nosso limite e temos, ainda que falsa, uma forte convicção de que não vamos mais conseguir sair desse momento de fadiga. Então, precisamos nos fortalecer no Senhor para ultrapassar esse limite.
“Cinja os lombos de força e fortalece os braços. (…) A força e a dignidade são os seus vestidos, e, quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações”. (Pv 31:17,25)
Perceba que conselhos preciosos o Senhor nos dá nesse texto: nos vestir de força e dignidade e nos libertar de preocupações com o dia de amanhã.
Percebemos um momento semelhante na vida do profeta Ezequiel. No capítulo 37, ele é levado a um lugar onde há um vale com muitos ossos secos, um exército morto e deteriorado, como muitas áreas das nossas vidas podem estar hoje.
Mas Ezequiel, movido pelo Espírito, começou a liberar palavras que levaram aquele exército à vida. Precisamos compreender o poder criador que a Palavra de Deus produz em nós. E, se há poder em nossas palavras, elas não devem causar destruição.
Podemos e devemos nos abrir ao Deus que sonda o nosso coração e ao qual pertencemos e dizer sobre o nosso cansaço e esgotamento. Contudo, o cuidado deve estar em não liberarmos palavras de maldição sobre as nossas vidas.
Podemos até ter razão em pensar que não há mais como surgir vida nessa situação; que não há mais nenhuma possibilidade de nascer algo novo em determinadas áreas. Podemos estar certos quanto a isso. A questão aqui não é negar a realidade, mas crer no poder sobrenatural de Deus.
“Portanto, quem quiser amar a vida e ver dias felizes, refreie a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade”. (I Pe 3:10)
Não sei pelo que tem passado, mas te convido a profetizar sobre isso pela parte do Senhor. Declare sobre esses ossos secos palavras de vida e de transformação.
“Porque derramarei água sobre o sedento, e rios sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes. E brotarão como a erva, como salgueiros junto aos ribeiros das águas”; (Is 44:3-4)
Fonte: http://www.lagoinha.com/ibl-vida-crista/profetizando-contra-o-cansaco/

Porque Deus não impede o mal...?!