quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Sião...

Sempre foi entre você e Deus


“[…] Abel tornou-se pastor de ovelhas, e Caim, agricultor. Passado algum tempo, Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe as partes gordas das primeiras crias do seu rebanho. O Senhor aceitou com agrado Abel e sua oferta, mas não aceitou Caim e sua oferta. Por isso Caim se enfureceu e o seu rosto se transtornou” (Gênesis 4.2-5).
Você lembra como foi a escolha da sua profissão? A escolha foi por necessidade, habilidades ou imposição de alguém? Você é feliz no que faz? Você tem prazer em sair de casa para trabalhar? Ou em ficar em casa para trabalhar? Dá o seu melhor ou só reclama do que poderia ter sido? Parece bobagem, mas essa reflexão faz toda a diferença na maneira como você vê o agir de Deus na sua área profissional e como você “trata” seu salário. A atitude de Caim nos ensina sobre isso!

Se não há motivos para bendizer sua atividade laboral, também não deve haver motivos para agradecer o fruto do seu “penoso trabalho”. Se você considera seu trabalho ruim, só chegou a essa conclusão comparando-o com o trabalho de alguém. Num mundo onde a imagem é importante, não é de estranhar que vejamos o jardim do vizinho sempre mais verde, ainda que nossas flores chamem atenção de todo o bairro.
Se você considera seu trabalho mediano ou excelente, isso também é fruto de comparação. Somos seres em constante processo de comparação, por esse motivo, dores, invejas, angústias, arrogância, altivez e muitas outras mazelas humanas são afloradas nesse processo.
Se existe uma área em que Deus nos iguala, a despeito de todas as nossas diferenças, é na área financeira. O dízimo representa a décima parte do rendimento do milionário assim como do assalariado. Se você concorda ou não, acha justo ou não, também é uma questão de comparação.
“Uma vez que vocês chamam Pai Àquele que julga imparcialmente as obras de cada um, portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês. Pois vocês sabem que não foi por meio de coisas perecíveis como prata ou ouro que vocês foram redimidos da sua maneira vazia de viver, transmitida por seus antepassados, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito” (1 Pedro ‪1.17-19‬).
Assim, se dinheiro é importante, o dizimar pesa; se o trabalho é ruim, o devolver em gratidão pesa; se a igreja tem muitos membros ricos, o ofertar pesa; se as finanças vão mal, o doar pesa… Para cada desculpa, um peso, uma fúria e um rosto transformado como o de Caim.
A designação divina nunca objetivou entristecer alguém por causa de outrem. O fato de contribuir mais ou menos de acordo com nossa renda está relacionado às contribuições via oferta voluntária e não ao dízimo. Obediência, satisfação, generosidade, gratidão não dizem respeito à comparação entre pessoas e, sim, ao seu comportamento e ao seu sentimento diante de uma ordenança bíblica.

O preço da inveja por causa da comparação é muito alto. Lúcifer teve inveja de Deus, Caim teve inveja de Abel, Sara teve inveja de Hagar, Saul teve inveja de Davi, Davi teve inveja de Urias… Todos se deram mal em suas escolhas. Não entristeça o coração ao se comparar com seu irmão. Faça o seu melhor, seja grato e desfrute do agrado de Deus como Abel.
:: Kilvia Mesquit